Prime Time foi um dos filmes exibidos pelo Fantasporto no dia 24 de Fevereiro ao qual tive a oportunidade de assistir.
Acerca do seu realizador,o espanhol Luis Calvo Ramos, pouco se sabe pois não existem muitas informações, apenas que foi também juntamente com Gorka Magallón, um dos argumentistas do filme assim como o director.
Nesta longa-metragem de género polical, o tema concentra-se essencialmente no poder que a televisão tem actualmente nas nossas vidas.
Resumidamente, este filme fala-nos da vida de sete personagens que são raptados das suas vidas normais, para entrarem num reality show à força sem inicialmente se aperceberem. Durante o programa são submetidos a certas regras. Para além de fazerem milhões com a audiência, outro dos objectivos deste programa televisivo é ver até que ponto a amizade sobrevive pois cada concorrente tem um crime ou segredo escondido que acaba por ser revelado pelo apresentador no final de cada votação. Há um prémio final em jogo. Cada concorrente expulso é falsamente assassinado, apenas para que os outros concorrentes se sintam em perigo e compitam uns com os outros para ficarem no programa. No final o que era ficção torna-se realidade e acabam por morrer duas pessoas em jogo.
A narrativa deste filme é muito interessante pois joga com vários meios de comunicação ao mesmo tempo, no filme e ao exibir o filme. É um filme poderoso no que toca á questão do envolvimento do espectador, tanto prende o espectador ao filme como o faz envolver controlando os seus pensamentos e opiniões sobre cada um dos personagens. No entanto deve reconhecer-se a existência de momentos enfadonhos no filme pela permanência constante dos mesmos cenários e situações lá vividas.
Relativamente á fotografia do filme, pouco se pode elogiar pelos fracos contrastes presentes nos cenários e consequêntemente pela pouca variedade de cenários. No que toca à cenografia, todos os locais e cenários são muito modernos e funcionais, muito bem pensados e estudados para a realização das filmagens, elogio sobretudo o estúdio do programa completamente inovador e indiscreto.
Os planos e enquadramentos não me surpreenderam, foram apenas aquilo que estáva à espera num filme deste género. Não aprecio muito a organização do filme, penso que existem planos perfeitamente dispensáveis. Aprecio sim a sua estrutura, por uma questão de táctica na narração feita ao espectador pois também este se torna uma vítima do filme não sendo omnisciente mas sendo apanhado de surpresa em algumas ocasiões.
Pessoalmente gostei do filme, embora contenha alguns momentos enfadonhos, é óptimo para se aprender mais qualquer coisa!
Deu-me sem dúvida uma perspectiva importante acerca do poder da televisão nas nossas vidas e até que ponto nos deixamos influenciar por ela!
Um filme muito recomendável pelo tema em questão!
04/03/2009
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